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Alejandro Bustillo fazia parte de uma equipe de urbanistas, coordenada pelo presidente de Parques Nacionais, Dr. Exequiel Bustillo (irmão de Alejandro Bustillo). Este grupo, que incluiu também Ernesto Estrada e Miguel Ángel Cesari, foi o promotor de obras como o Centro Cívico, o Hotel Llao-Llao, entre outras.



Tendo em vista que as características do projeto, devido ao seu tamanho, falavam de algo importante e difícil de resolver para a comunidade de fiéis, do ponto de vista econômico, a nação ofereceu o dinheiro para sua realização.



Em 1942 o domínio do terreno onde se localizava foi regularizado e dois anos depois foi concluído com a estrutura de concreto realizada pela General Construction Company sob a liderança do Engenheiro Pedro Faukland, na qualidade de capataz Don Esteban Capitanich. Foi quando os pedreiros começaram seu trabalho.



Em seguida, Don José Lukman, esloveno de nascimento, pedreiro por herança, recebido na juventude após quatro anos de esculturas escolares nas caves romanas da Aurisínia, foi nomeado capataz da equipa. Ele comandava um grupo de cerca de 20 pessoas, onde apenas 6 conheciam o ofício por completo, os demais eram aprendizes. Foi ele quem desenhou e esculpiu as molduras que dão elegância ao conjunto, e que com golpes de martelo modelou a maior parte dos arcos e da pedra rendada.



Exequiel Bustillo promoveu uma Comissão de Senhoras, que, presidida pela Sra. Isabel Nevares de Ortiz Basualdo - irmã do bispo Jaime de Nevares - conseguiu arrecadar dinheiro suficiente com doações para o comissionamento dos vitrais. O vitral foi feito pelo francês Enrique A. Thomas, em Buenos Aires.



Para determinar quais imagens corresponderiam ao templo, o Dr. Exequiel Bustillo contatou Dom Essandi calorosamente sugerindo a possibilidade de que essas imagens tivessem ligações regionais, uma participação que o padre aceitou com entusiasmo. E assim uma bela imagem de Nossa Senhora de Nahuel Huapi - padroeira do templo - e imagens vernáculas surgiram da oficina de Enrique Thomas. Em 4 de junho de 2004, uma réplica de uma imagem perdida chegou de Achao, Ilha de Chiloé, Chile, que acompanhou o primeiro assentamento jesuíta às margens do Nahuel Huapi. Esta réplica foi feita pelo escultor chilote Milton Muñoz em um bloco de lariço milenar. Hoje esta imagem está localizada no altar-mor da catedral e é a atual imagem do padroeiro da cidade. Os vitrais também representam os aborígenes, o Jesuíta Padre Nicolás Mascardi, Frei Francisco Menéndez, General Julio Argentino Roca, Ceferino Namuncurá, Padre Milanesio - o primeiro sacerdote da cidade de Bariloche - e até mesmo os criadores do templo: os arquitetos Alejandro Bustillo representados como São Rafael - e Miguel Ángel Césari, como São Miguel Arcanjo.



Os vitrais foram colocados em 1947, deixando a obra acabada do lado de fora, com o interior ainda áspero e piso de cimento liso. Mesmo assim, vizinhos, incluindo Luis Fernández e Pablo Depellegrin, forneceram alguns bancos. Na torre sineira, sem sinos, foi instalado um carrilhão com amplificadores, que por muitos anos, acompanhou o povo bariloche com seu excelente som de sinos.





A Catedral de San Carlos de Bariloche, ´´Nuestra Señora del Nahuel Huapi´´, é o principal templo católico da cidade de San Carlos de Bariloche, na Argentina.



O material utilizado para a sua construção foi a “pedra branca”. É curioso constatar, expresso por alguns paroquianos, como o efeito gerado por este mineral pode transportar-nos para um mundo interior de austeridade sensível. Impressão talvez ligada às grutas dos primeiros cristãos, que encontraram nestes meios de construção (pedra) os meios de construir.

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